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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Vendedores que amam gente ou mercenários cumpridores de metas?


Stonehenge, desde 2000 a.C. nos inspira
Os músicos tendem a trocar ideias, letras e arranjos com outros músicos. Aceitando os não músicos apenas para validar e consumir suas composições.
Mas os músicos não estão sozinhos nessa confraria que contagia também outras profissões, a exemplo dos engenheiros, jornalistas, psicólogos e, até mesmo os lojistas e vendedores.
Cada agrupamento desenvolve seus códigos próprios e cria canções (músicos), catedrais ou monumentos como Stonehenge (engenheiros), reportagens (jornalistas), interpretações do mundo (psicólogos) ou se tornam porta vozes das mercadorias (lojistas e vendedores) para atrair e transferir a grana dos consumidores que, apesar de serem reféns das necessidades, são eles e elas que sopram sentido humano a tudo o que é criado, produzido, distribuído e vendido.
Nós, consumidores, não ficamos sem música, sem informação, sem igrejas, sem pelo menos tentar viver psicologicamente equilibrado. Muito menos não dispensamos as mercadorias que nos aguardam nas lojas, nos supermercados, nas vendinhas do bairro.
E reservamos nosso rico dinheirinho para trocar pela produção seres humanos, como nós, nos ajudam a reproduzir a vida e a confirmar nossa humanidade.
Acreditamos, piamente, que um lojista deveria ter consciência que ele (ou ela) é a manifestação humana das outras humanidades que se concentram no produto que expõe.
E muitas vezes quando chegamos ao show, o músico atrasa. Quando nos concentramos na leitura de um jornal ou revista, nos surpreendemos sendo manipulados pelo articulista e menosprezados na sabedoria que agregamos ao ler e reler aquelas mesmas fontes.
E o mais visível e contundente, quando chegamos numa loja e encontramos lá a mercadoria na qual milhares de outras pessoas integraram suas vidas e invenções, encontramos um porta voz (o lojista ou vendedor) indiferente à nossa sensibilidade, decidido apenas a transferir o dinheiro do nosso bolso para seu caixa.
Interrompe-se, assim, a harmonia do que seria a compra de uma mercadoria que só existe enquanto os consumidores forem seduzidos com tratamento digno e respeitoso, que é função do lojista, para garantir às mercadorias o destino humano, quando satisfazerem as necessidades dos consumidores.
Mercadorias que em vez de emergir da produção, das prensas e dos estúdios e seduzir as almas dos fregueses, se transformam em petardos controlados por vendedores que perderam o amor por gente e que se tornaram insensíveis ao calor das almas que pulsam em cada olhar antes, durante e no pós venda.
Intermediários que viraram mercenários a serviço das mercadorias. Frios, implacáveis, desumanos. Que na ânsia de cumprir metas e transferir a grana do bolso do consumidor para seus caixas, avaliam apenas a roupa, a cor da pele, o tempo mínimo que terão que dispender, até poderem recolher o dinheiro do incauto e dispensá-lo sumariamente.

Nota: Se você já experimentou as sensações que descrevemos nesse texto, entenderá porque Celso Amâncio, Roseli Garcia e Marco Roza (o autor dessa mensagem) se uniram em torno da Agência Consumidor Popular. Se quiser nos conhecer melhor, por favor, clique aqui. Ou siga o link http://bit.ly/12WSRpm

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