Stonehenge,
desde 2000 a.C. nos inspira
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Os
músicos tendem a trocar ideias, letras e arranjos com outros músicos. Aceitando
os não músicos apenas para validar e consumir suas composições.
Mas
os músicos não estão sozinhos nessa confraria que contagia também outras
profissões, a exemplo dos engenheiros, jornalistas, psicólogos e, até mesmo os
lojistas e vendedores.
Cada
agrupamento desenvolve seus códigos próprios e cria canções (músicos),
catedrais ou monumentos como Stonehenge (engenheiros), reportagens (jornalistas), interpretações do mundo
(psicólogos) ou se tornam porta vozes das mercadorias (lojistas e vendedores)
para atrair e transferir a grana dos consumidores
que, apesar de serem reféns das necessidades, são eles e elas que sopram sentido humano a tudo o que é criado, produzido, distribuído e
vendido.
Nós,
consumidores, não ficamos sem música, sem informação, sem igrejas, sem pelo
menos tentar viver psicologicamente equilibrado. Muito menos não dispensamos as
mercadorias que nos aguardam nas lojas, nos supermercados, nas vendinhas do
bairro.
E reservamos
nosso rico dinheirinho para trocar pela produção seres humanos, como nós, nos ajudam a reproduzir a vida e a confirmar nossa
humanidade.
Acreditamos,
piamente, que um lojista deveria ter consciência que ele (ou ela) é a
manifestação humana das outras humanidades que se concentram no produto que
expõe.
E
muitas vezes quando chegamos ao show, o músico atrasa. Quando nos
concentramos na leitura de um jornal ou revista, nos surpreendemos sendo manipulados
pelo articulista e menosprezados na sabedoria que agregamos ao ler e reler
aquelas mesmas fontes.
E o
mais visível e contundente, quando chegamos numa loja e encontramos lá a
mercadoria na qual milhares de outras pessoas integraram suas vidas e
invenções, encontramos um porta voz (o lojista ou vendedor) indiferente à nossa
sensibilidade, decidido apenas a transferir o dinheiro do nosso bolso para seu
caixa.
Interrompe-se,
assim, a harmonia do que seria a compra de uma mercadoria que só existe
enquanto os consumidores forem seduzidos com tratamento digno e respeitoso, que
é função do lojista, para garantir às mercadorias o destino humano, quando satisfazerem as necessidades dos consumidores.
Mercadorias
que em vez de emergir da produção, das prensas e dos estúdios e seduzir as
almas dos fregueses, se transformam em petardos controlados por vendedores que perderam
o amor por gente e que se tornaram insensíveis ao calor das almas que pulsam em
cada olhar antes, durante e no pós venda.
Intermediários
que viraram mercenários a serviço das mercadorias. Frios, implacáveis,
desumanos. Que na ânsia de cumprir metas e transferir a grana do bolso do consumidor
para seus caixas, avaliam apenas a roupa, a cor da pele, o tempo mínimo que
terão que dispender, até poderem recolher o dinheiro do incauto e dispensá-lo
sumariamente.
Nota: Se você já experimentou as
sensações que descrevemos nesse texto, entenderá porque Celso Amâncio, Roseli
Garcia e Marco Roza (o autor dessa mensagem) se uniram em torno da Agência Consumidor Popular. Se quiser nos conhecer melhor, por favor, clique
aqui. Ou siga o link http://bit.ly/12WSRpm
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