O mercado interno brasileiro confirma, aos poucos, sua personalidade. Com a retirada gradual dos subsídios, com a desvalorização do Real, com a manutenção da valorização gradativa e persistente do salario mínimo e a eventual redução dos juros reais, se consolida o poder de compra dos consumidores populares brasileiros.
Entre
2003 e 2009 entraram no mercado consumidor mais de 40 milhões de pessoas, agrupadas
em 12 milhões de famílias. E de acordo com a FecomercioSP, o consumo familiar deverá
atingir R$ 1,46 trilhão, em 2015, representando mais que a soma do consumo das
famílias das classes A e B.
Gente
nossa, que fala e entende português, mas que são “não consumidoras plenas” para
os departamentos comerciais de vários setores produtivos no Brasil. Empresas
que mesmo se esforçando para expandir seus mercados ainda gerenciam seus
departamentos de marketing ou de vendas, com o viés do “apartheid comercial” acumulado
desde o Brasil colonial.
Como
já foi percebido, inclusive, pelas acadêmicas Marie Agnes Chauvel (USP) e
Maribel Suarez (PUC-Rio), no estudo “Consumidores pobres e insatisfação
pós-compra: ‘Eles não têm respeito pela gente’”, publicado no livro “Consumo na
Base da Pirâmide”.
Segundo
as autoras, “as relações entre comerciantes e compradores no Brasil foram
marcadas, desde a época colonial, pela dominação dos comerciantes em relação
aos compradores”.
A
dominação de quem vende sobre os interesses dos consumidores refletia o
monopólio do comércio imposto por Portugal Colonial. Por isso, as autoras
afirmam que “isso se deve a particularidades históricas que não encontram
paralelo em outros países, como, por exemplo, Estados Unidos e Japão”.
A
ponto de até 1990, afirmam as autoras, “as empresas implantadas no país pouco
se preocupavam com a satisfação de seus clientes”.
Esse
pouco caso com os consumidores se cristalizou no “apartheid comercial” que
atualmente, mesmo após os exemplos históricos de Nelson Mandela na África do
Sul, ainda atrapalham a expansão das empresas no atendimento a um mercado cada
vez mais pujante.
Mas
cada vez mais consciente de seu poder de compra, que como mostrou o estudo “A
evolução da Classe Média e Seu Impacto no Varejo”, realizado pela Fecomércio
SP, em 2012, atingirá um poder de compra próximos dos 600 bilhões de dólares,
no próximo ano.
Conheça a Agência Consumidor Popular
A
Agência Consumidor Popular ajuda seus clientes a entrar em sintonia com essas 40
milhões de mentes e corações, que controlam bolsos pelos quais passarão mais de
600 bilhões de dólares, por ano.
Homens,
mulheres, jovens e idosos ávidos para serem tratados com a dignidade que se
espera de um Brasil cada vez mais vinculado ao mundo, em que barreiras de
classe, com os consequentes preconceitos e elitismos geram insatisfações e
reações a um novo consumidor popular, cada vez mais consciente de seu poder de
compra.
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