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sábado, 4 de janeiro de 2014

Como superar o “apartheid comercial” contra os consumidores populares

O mercado interno brasileiro confirma, aos poucos, sua personalidade. Com a retirada gradual dos subsídios, com a desvalorização do Real, com a manutenção da valorização gradativa e persistente do salario mínimo e a eventual redução dos juros reais, se consolida o poder de compra dos consumidores populares brasileiros.
Entre 2003 e 2009 entraram no mercado consumidor mais de 40 milhões de pessoas, agrupadas em 12 milhões de famílias. E de acordo com a FecomercioSP, o consumo familiar deverá atingir R$ 1,46 trilhão, em 2015, representando mais que a soma do consumo das famílias das classes A e B.
Gente nossa, que fala e entende português, mas que são “não consumidoras plenas” para os departamentos comerciais de vários setores produtivos no Brasil. Empresas que mesmo se esforçando para expandir seus mercados ainda gerenciam seus departamentos de marketing ou de vendas, com o viés do “apartheid comercial” acumulado desde o Brasil colonial.
Como já foi percebido, inclusive, pelas acadêmicas Marie Agnes Chauvel (USP) e Maribel Suarez (PUC-Rio), no estudo “Consumidores pobres e insatisfação pós-compra: ‘Eles não têm respeito pela gente’”, publicado no livro “Consumo na Base da Pirâmide”.
Segundo as autoras, “as relações entre comerciantes e compradores no Brasil foram marcadas, desde a época colonial, pela dominação dos comerciantes em relação aos compradores”.
A dominação de quem vende sobre os interesses dos consumidores refletia o monopólio do comércio imposto por Portugal Colonial. Por isso, as autoras afirmam que “isso se deve a particularidades históricas que não encontram paralelo em outros países, como, por exemplo, Estados Unidos e Japão”.
A ponto de até 1990, afirmam as autoras, “as empresas implantadas no país pouco se preocupavam com a satisfação de seus clientes”.
Esse pouco caso com os consumidores se cristalizou no “apartheid comercial” que atualmente, mesmo após os exemplos históricos de Nelson Mandela na África do Sul, ainda atrapalham a expansão das empresas no atendimento a um mercado cada vez mais pujante.
Mas cada vez mais consciente de seu poder de compra, que como mostrou o estudo “A evolução da Classe Média e Seu Impacto no Varejo”, realizado pela Fecomércio SP, em 2012, atingirá um poder de compra próximos dos 600 bilhões de dólares, no próximo ano.
A Agência Consumidor Popular ajuda seus clientes a entrar em sintonia com essas 40 milhões de mentes e corações, que controlam bolsos pelos quais passarão mais de 600 bilhões de dólares, por ano.

Homens, mulheres, jovens e idosos ávidos para serem tratados com a dignidade que se espera de um Brasil cada vez mais vinculado ao mundo, em que barreiras de classe, com os consequentes preconceitos e elitismos geram insatisfações e reações a um novo consumidor popular, cada vez mais consciente de seu poder de compra.

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