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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A oportunidade Dolly: como emocionar os consumidores populares

Existem empresas de médio e grande porte no mercado brasileiro que ainda acreditam nos métodos convencionais de empurrar mercadorias para os consumidores de baixa renda. 
Organizações que terão imensa dificuldade em se tornar uma Dolly para as emoções de 40 milhões de consumidores populares, que gastarão aproximadamente 600 bilhões de dólares este ano.
Empurram mercadorias e impõem serviços porque é um estilo que deu certo por 494 anos, desde o descobrimento do Brasil, em 1500. A ponto de ser parte integrante do DNA de muitos executivos de venda, de marketing e de publicidade. Afinal, os nossos pobres viveram sempre nos subterrâneos do mercado consumidor brasileiro.
Onde foram mantidos presos a rendas e salários (quando existiam) suficientes apenas para a sobrevivência. Por isso, gastavam tudo o que ganhavam para reproduzir precariamente suas vidas e de seus filhos.
As empresas que empurravam mercadorias e impunham seus serviços para esses consumidores-reféns apostavam na pressão natural que a inflação sempre latente e a necessidade combinadas os obrigariam a aceitar quaisquer produtos (ou serviços), de qualquer qualidade, imediatamente após embolsarem seus ganhos. Seus bolsos eram comandados pelas necessidades básicas como comida, roupa e moradia.

1994
Mas eis que em 1994, com a implantação do Plano Real, emerge, aos poucos, o poder de compra dos consumidores populares. Desde então, quarenta milhões de homens e mulheres se tornaram um dos mais vigorosos sustentáculos do mercado interno, no Brasil.
Mas chegaram em estágio diferente dos gestores das cadeias produtivas e de distribuição acostumadas a lhes empurrar tudo o que produziam. Chegaram ao mercado com as marcas das culturas, hábitos e regionalismo que consolidaram ao longo de 494 anos de abandono, quando foram mantidos nos subterrâneos do mercado consumidor.
Tempo suficiente para cristalizar hábitos culturais, religiosos e regionais, codificados em emoções que se refletem nas vivências e especialmente na evolução dos hábitos de consumo.
Que combinados com cidadania emergente os tornam imunes às mensagens que lhes chegam através das convencionais campanhas publicitárias. Campanhas caríssimas, e insípidas do ponto de vista destes consumidores emergentes, que algumas empresas ainda impõem ao mercado, mesmo sabendo que o retorno nem sempre corresponde aos investimentos.
Essas campanhas são, em parte, ineficientes (e quem as financia sabe disso), porque apenas tangenciam as emoções dos consumidores populares. Emoções de quem já conseguiu se libertar da necessidade imediata e que cada vez mais tem consciência de ser parte integrante do poder de compra de 600 bilhões de dólares anuais.
E desde 1994, chegam meio zumbis, mas aos bandos. Carregam Reais com relativa estabilidade, reforçados por uma consistente expansão no crédito. E percorrem, com certa desenvoltura, apesar de ainda não usarem roupas adequadas, os corredores dos shoppings e dos aeroportos.
Mas definitivamente não se emocionam, a ponto de se envolverem com as mercadorias e marcas anunciadas, das campanhas publicitárias milionárias.
Porque depois de tanto abandono, de tanto preconceito, se tornaram imunes às mensagens que lhes chegam sem a devida codificação emocional e respeito aos seus valores e códigos culturais, religiosos e regionais desenvolvidos ao longo de cinco séculos. Por isso, sondam, testam e experimentam as próprias emoções a cada compra.
E da mesma maneira que as corporações nunca se esforçaram por emocioná-los, também não estão nem aí pelas mensagens publicitárias. São conteúdos que lhes são estranhos, porque não entram em sintonia com suas aspirações humanas (sim, são pobres e limpinhos e com grande intensidade humana).
E, apesar de continuarem a gastar todo o seu rico dinheirinho dentro do mês, sabem também que os grandes gestores do mercado também não estão nem aí com as emoções que comandam suas decisões de compra.
Sem se emocionarem com as campanhas que lhes bombardeiam não estabelecem respostas que poderiam ser apreendidas e codificadas pelos departamentos de marketing, de venda e de publicidade das empresas.
A consequência é o desencontro emocional entre as mensagens das marcas e a indiferença, também emocional, do poderio de compra dos consumidores populares. O que faz gerar retornos pífios às campanhas publicitárias mais bem intencionadas.
E ao mesmo tempo gera imensas oportunidades para as empresas Dollys que souberem emocionar essas almas populares, primeiro, para satisfazer suas necessidades e acessar os seus bolsos, em seguida.

Agência Consumidor Popular
A Agência Consumidor Popular ajuda suas empresas-clientes a entrar em sintonia com as emoções desses 40 milhões de mentes e corações, que controlam bolsos brasileirinhos da silva pelos quais passarão mais de 600 bilhões de dólares, por ano. Homens, mulheres, jovens e idosos cada vez mais dispostos a serem mobilizados emocionalmente em torno de suas marcas e serviços. Desde que sua empresa entre em sintonia com seus hábitos culturais, religiosos e regionais. 

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