A
resposta mais simples é: “por causa da emoção que emerge entre consumidor e
vendedor no relacionamento da compra e venda”.
Quem
confirma nossa tese, inicialmente, é o neurologista português António Damásio,
chefe do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de
Iowa, nos Estados Unidos.
No
seu livro “O Mistério da Consciência”, Damásio explica que “as emoções são
adaptações singulares que integram o mecanismo com o qual os organismos regulam
a sobrevivência”.
Quando
acessamos as mercadorias através dos procedimentos impessoais e solitários das
compras on-line, abrimos mão de parte de nossa condição humana.
Deixamos
escapar de nossas vidas o que o psicólogo Daniel Goleman detalhou no seu livro
“Inteligência Emocional”, de 1998, que é a "...capacidade de identificar
os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir
bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos."
Para
que a compra e venda agreguem emoção é preciso ser presencial para que vendedor
e consumidor se adaptem às linguagens verbal e corporal um do outro. Para que
tanto o cliente quanto o lojista sejam capazes de identificar os sentimentos um
do outro, no teatro que a loja se transforma.
Daí
a iluminação, o perfume, as vitrines arrumadas e a boa acústica serem
essenciais para complementarem essa relação ancestral que é a compra e a venda.
Quando
negociamos a compra e venda de uma mercadoria resgatamos nossa sobrevivência
ancestral e confirmamos, emocional e intuitivamente, nossa condição humana.
A
compra e venda presencial, portanto, emociona e nos humaniza. O que além da loja
adequada, requer que os lojistas (ou vendedores) estejam preparados para interações
essencialmente humanas com os clientes.
Com
atitudes e comportamentos ajustados à nossa época e que não discriminem nem a
cor da pele nem a condição social ou aparência do freguês para não correr o
risco de discriminar o poder de compra, camuflado no bolso do cliente.
O
que garantirá sempre a predominância das lojas físicas sobre as virtuais. Pelo menos as que contratarem ou treinarem
vendedores que estejam sempre prontos para “gerir bem as emoções dentro de nós
e nos nossos relacionamentos”, como sugere Daniel Goleman, no livro
“Inteligência Emocional”.
E
tenham consciência de que as emoções “integram o mecanismo com o qual os
organismos regulam a sobrevivência”, como ensina o neurologista António
Damásio. (Marco Roza, diretor de comunicação da Agência Consumidor Popular).
Um comentário:
Obrigada por compartilhar seus conhecimentos, vc é um "guru" do saber!
Vou recomendar esta pagina a todos os meus contatos.
Parabéns, está tudo muito claro, sintetizado e interessante.
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