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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Por que as lojas físicas nunca serão ameaçadas pelas lojas virtuais?

A resposta mais simples é: “por causa da emoção que emerge entre consumidor e vendedor no relacionamento da compra e venda”.
Quem confirma nossa tese, inicialmente, é o neurologista português António Damásio, chefe do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
No seu livro “O Mistério da Consciência”, Damásio explica que “as emoções são adaptações singulares que integram o mecanismo com o qual os organismos regulam a sobrevivência”.
Quando acessamos as mercadorias através dos procedimentos impessoais e solitários das compras on-line, abrimos mão de parte de nossa condição  humana.
Deixamos escapar de nossas vidas o que o psicólogo Daniel Goleman detalhou no seu livro “Inteligência Emocional”, de 1998, que é a "...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos."
Para que a compra e venda agreguem emoção é preciso ser presencial para que vendedor e consumidor se adaptem às linguagens verbal e corporal um do outro. Para que tanto o cliente quanto o lojista sejam capazes de identificar os sentimentos um do outro, no teatro que a loja se transforma.
Daí a iluminação, o perfume, as vitrines arrumadas e a boa acústica serem essenciais para complementarem essa relação ancestral que é a compra e a venda.
Quando negociamos a compra e venda de uma mercadoria resgatamos nossa sobrevivência ancestral e confirmamos, emocional e intuitivamente, nossa condição humana.
A compra e venda presencial, portanto, emociona e nos humaniza. O que além da loja adequada, requer que os lojistas (ou vendedores) estejam preparados para interações essencialmente humanas com os clientes.
Com atitudes e comportamentos ajustados à nossa época e que não discriminem nem a cor da pele nem a condição social ou aparência do freguês para não correr o risco de discriminar o poder de compra, camuflado no bolso do cliente.
O que garantirá sempre a predominância das lojas físicas sobre as virtuais.  Pelo menos as que contratarem ou treinarem vendedores que estejam sempre prontos para “gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”, como sugere Daniel Goleman, no livro “Inteligência Emocional”.
E tenham consciência de que as emoções “integram o mecanismo com o qual os organismos regulam a sobrevivência”, como ensina o neurologista António Damásio. (Marco Roza, diretor de comunicação da Agência Consumidor Popular).

Um comentário:

Unknown disse...

Obrigada por compartilhar seus conhecimentos, vc é um "guru" do saber!
Vou recomendar esta pagina a todos os meus contatos.
Parabéns, está tudo muito claro, sintetizado e interessante.